terça-feira, 23 de agosto de 2011

Tecnologias favorecem inclusão do aluno com autismo

Crianças com autismo podem ter seu desenvolvimento e qualidade de vida melhorados através do diagnóstico precoce aliado a tecnologias educacionais específicas. O Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCT) atua nesse sentido, através da sua área de Gestão da Produção, integrando projeto de inclusão dessas crianças na Rede Pública de Ensino, coordenado pela Universidade Federal Fluminense (UFF) com participação da Secretaria Municipal de Educação de São João de Meriti (RJ).

Os pesquisadores deste projeto são os engenheiros de produção Saul Eliahu Mizrahi e Janete Rocha Cícero, tecnologistas da área de Gestão da Produção/INT. Eles desenvolvem no INT o projeto Perspectivas Educacionais Inclusivas para o Aluno com Autismo na Rede Pública de Ensino, que abrangem a produção de artefatos para utilização no processo de desenvolvimento do aluno, além da implementação de tecnologias de gestão.

Uma das escolas que fazem parte deste projeto é a Escola Municipal Especial Profª. Mariza Azevedo Catarino, vinculada à Secretaria de Educação de São João origem no Programa de Atendimento ao Autismo, que inicialmente atendia a apenas cinco alunos identificados com a deficiência. Hoje, a unidade atende a mais de 70 crianças com autismo e tem concentrado as iniciativas do projeto focado no desenvolvimento desses alunos.

Tecnologias inclusivas 

A confecção de brinquedos educativos é um dos pontos desenvolvidos pelo INT voltado aos alunos com autismo, realizados pela área de Gestão da Produção junto com a área de Desenho Industrial do Instituto, responsável pelo design dos artefatos. “As cores, formas, texturas, movimentos, seqüências lógicas, múltiplas linguagens, sons e materiais facilitam a ativação do sistema perceptivo-motor da criança com autismo”, explica o tecnologista Saul Mizrahi, doutor em engenharia de produção, com foco na gestão estratégica multicultural aplicada a instituições de ensino.

A atividade do Instituto no projeto abrange ainda a implementação de tecnologias de gestão, que culminou com a elaboração do manual de planejamento estratégico da escola Profª. Mariza Azevedo Catarino, reunindo indicadores para avaliação do processo de ensino/aprendizagem, e com a instalação do sistema de gestão Sigesc Web, com treinamento dos professores. Com a inclusão da avaliação psicopedagógica da pessoa com autismo, o software possibilitou ainda o compartilhamento das informações reunidas na base de conhecimento da escola especial e outros dados informativos como coletânea de artigos sobre o tema.

Além dos professores, o projeto abrange a capacitação de psicomotricistas, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos e familiares dos alunos com autismo. “A troca de experiências e a orientação multidisciplinar envolvem desde a higiene pessoal até os estímulos para a comunicação”, descreve o Saul Mizrahi.


A pesquisadora Janete Rocha e a Escola Mun Mariza azevedo Catarino participarão do "I Simpósio Mediação Escolar e Inclusão - Levantando Possibilidades, encarando as dificuldade", organizado pelo Centro de Otimização para a Reabilitação do Autista - CORA, no dia 17 de setembro, no auditório da UERJ, auditório 33, 3º andar, bloco F. As palestras são gratuitas, porém será cobrado uma taxa de R$ 15,00 pela emissão do certificado. Inscrições no site: www.corautista.org

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